ResiliArt Angola
Movimento global ResiliArt da UNESCO
A crise sanitária provocada pelo novo coronavírus mergulhou a economia global numa recessão. Enquanto milhares de milhões de pessoas em todo o mundo se voltam para a cultura como fonte de conforto e ligação, o impacto da COVID-19 não poupou o sector criativo. A UNESCO lançou a ResiliArt, para destacar o estado actual das indústrias criativas através de discussões virtuais. O seu objectivo é assegurar a continuidade das conversas, a partilha de dados e os esforços de advocacia muito depois dos subsídios pandémicos.
Actualmente, mais de 100 países desenvolveram os seus próprios movimentos ResiliArt. Angola é um deles!

A ResiliArt Angola foi lançada pelas em Abril de 2021, sob a égide da Bienal de Luanda e como parte do . Logo após a sua criação, o enfoque da ResiliArt Angola passou do debate sobre como apoiar os artistas e a criatividade para além da crise da COVID-19, à identificação de caminhos concretos para proporcionar aos jovens artistas oportunidades de melhorar as suas competências e de obter um rendimento.
A ideia de juntar jovens artistas angolanos e internacionais e de criar residências lideradas por artistas estabelecidos, como referido por Marcos Agostinho, Director Executivo de ASA, é o resultado de uma simples observação: os artistas africanos e especificamente locais em Angola precisam de apoio agora mais do que nunca.
Em Abril de 2021, durante a celebração do , 9 artistas plásticos desconhecidos (8 angolanos e 1 refugiada do ACNUR) e 5 músicos emergentes foram encarregues de exibir os seus trabalhos. Pouco tempo depois, o que começou como um evento único, tornou-se num programa de formação que incluiu workshops, residências artísticas, intercâmbios culturais e exposições em benefício de 30 artistas plásticos emergentes desconhecidos e dos músicos.
Estas residências inovadoras permitiram aos artistas de aprender directamente com artistas estabelecidos, melhorar as suas competências e ganhar visibilidade. As residências também ofereceram aos jovens artistas emergentes a necessária “interacção social, crescimento intelectual e educação” para se desenvolverem.
A história da ResiliArt Angola não pára aqui. Com base neste sucesso, as American Schools of Angola deram o próximo passo: olhar para além do “outro lado do Atlântico” e relacionar artistas africanos e da diáspora através de uma parceria com a cidade de Newark em New Jersey, EUA.
A cidade de Newark comprometeu-se agora a acolher 10 artistas angolanos (5 em artes visuais e 5 músicos) que actuarão no Centro de Artes Performativas de New Jersey e que apresentarão o seu trabalho no Museu Nacional de Newark. Em troca, em apenas alguns meses, Luanda acolherá 10 jovens artistas americanos que irão actuar e exibir as suas obras no Dia Internacional do Jazz de 29-30 de Abril & 1 de Maio.
O sonho é agora que o modelo ResiliArt Angola se repita anualmente e se expanda para outros países africanos nos PALOP (países africanos de língua oficial portuguesa) e na África Central.
